No âmbito da missão de desenho do próximo investimento cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, a equipa do consultores visitou o projeto de estufas hidropônicas “Força de vontade” na comunidade de São Francisco, Concelho da Praia e o projeto de Ordenamento e Valorização da Bacia Hidrográfica de São João Baptista, Concelho de Ribeira Grande de Santiago.
Em São Francisco tiveram a oportunidade de contatar in loco a prática da agricultura hidropônica que é considerada uma das atividades rentáveis, a grande dinâmica deste empreendedores. O empenho e engajamento dos atores são fundamentais neste processo para garantir a sustentabilidade dos investimentos realizados, fazendo jus ao nome _ Força de vontade. Uma das primeiras estufas contou com o financiamento do Ministério da Agricultura e Ambiente – MAA, no quadro das atividades do Programa de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais – POSER.
Albertina ou Tinha como é conhecida, que antes dependia do rendimento obtido a partir da extração da areia, mostrou com satisfação toda a conquista alcançada até então, uma rede de estufas hidropônicas, áreas de produção hortícola e frutícola com recurso á rega gota-a-gota.
Já o projeto de Ordenamento e Valorização da Bacia Hidrográfica de São João Baptista visa combater a pobreza em diversas comunidades da Ribeira Grande, incluindo Pico Leão, Belém, Santana, Tronco, Alfarroba, Beatriz Pereira, Chã Gonçalves, Chã de Igreja e Gouveia. As obras previstas permitirão um aumento de aproximadamente 32 hectares de terreno para regadio, além da recuperação e proteção de 161 hectares de terras aráveis contra a degradação. Espera-se um incremento significativo no rendimento hortícola das comunidades envolvidas, bem como a criação de 597 postos de trabalho permanentes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. O projeto também estima uma receita bruta anual de cerca de 750 mil contos. Com isso, mais de 6 mil habitantes do Município da Ribeira Grande de Santiago serão abrangidos, proporcionando não apenas melhorias económicas, mas também um impacto positivo na vida das comunidades locais.
O financiamento é garantido pela BADEA, no valor de 15 milhões de dólares, com uma comparticipação do Governo de 10%.
